Muitas confirmações, mas por algum imprevisto, das 7 pessoas que estavam previstas para ir, apenas 3 puderam. Acordei mais cedo do que o esperado, pra falar a verdade nem dormi direito. Programei o relógio para as 3:45h mas levantei bem antes, acho que minha ansiedade se dava pela missão que estava por vir, pedalar um total de 80km, nunca feito antes por mim e nem pelos meus amigos. Cheguei ao local combinado e não demorou muito pra aparecer o primeiro guerreiro, Helinaldo (Heli), meu primo, com o sorrisão estampado, empolgado e bem feliz por estar fazer essa trip com a gente. Lá de longe avistamos Johny, que mora próximo ao local de encontro, acenando e dizendo que já estava chegando lá com a gente. Com todos presentes, esperamos 10 minutos além das 4:30h para ver se mais alguém chegava, e nada, então partimos.
Saímos mais cedo do que a última vez, domingo passado, e quando chegamos ao primeiro posto de gasolina, depois do posto da polícia (barreira), ainda estava escuro, mas resolvemos seguir assim mesmo (depois de uma certa parte a rodovia não tem iluminação). Depois de subir uma das ladeiras mais íngremes do percurso, já passando o km20, paramos pra descansar e aproveitar para registrar a primeira paisagem realmente bonita do roteiro. Um vale grande, coberto de vegetação nativa onde só se viam as copas das árvores.
Missão cumprida e registrada |
Paramos ali mesmo na beira da estrada, batemos algumas fotos, e descansamos um pouco. Já recuperados, começamos a volta. Antes de chegarmos ao km40 tínhamos visto um sítio no km33 do qual parecia ser uma boa opção para um mergulho em um igarapé. E foi somente na volta que paramos e nos informamos sobre o local.
Deste ponto mais 39km, Rio Preto da Eva - AM (próxima aventura?) |
O caseiro do local nos disse que era preciso descer uma trilha, que o igarapé ficava lá embaixo. Para quem ia de carro ou de moto pagava-se um valor, mas nada falava sobre bicicletas, resultado: dessa vez entramos sem pagar absolutamente nada. Que ótimo benefício o da bicicleta, heim! Não que custasse caro o valor da entrada, mas acho justo não cobrar de quem não está impactando nem um pouco a área natural do local. Chegamos sem fazer barulho, sem poluir, sem sujar, isso realmente não tem preço.
Trilha de terra batida. Muito boa! (Sítio Águas Frias km33 AM 010) |
O nome do local é Águas Frias, fica no km33 e se for de bicicleta não paga nada (rs). O igarapé faz jus ao nome, ainda bem, porque com o calor que fazia, só mesmo uma água como aquela pra refrescar e repor as energias. Dentro dela parece que seu corpo entra em harmonia, você sente toda a vibração e energia que água do igarapé transmite, e tirando o fato de outras pessoas estarem presentes, inclusive crianças, o local parece bem tranquilo e silencioso.
Parte não represada do igarapé |
Heli e Johny |
Descansamos algo em torno de 45 minutos no local - não podíamos demorar muito mais para não pegarmos um sol mais forte na volta, infelizmente - e partimos para o caminho de volta, que é sempre mais cansativo, mais chato e mais quente. Por pior que fosse, a volta nos pareceu ainda mais rápida que a vinda, paramos menos.
Subindo a trilha asfalta. Saindo do sítio, de volta pra casa. |
Depois de uma subida punk, pausa para descanso. |
Logo passávamos pelo aterro sanitário da cidade (percebemos logo pelo cheiro do ar perto do local), uma das primeiras coisas que passamos no início da rodovia. Descemos uma ladeira que segue ao lado do aterro, subimos uma outra ladeira na sequência e finalmente a descida pela última ladeira antes de chegar novamente no posto policial.
Na vontade de chegar em casa, pedalei um pouco mais forte e me distanciei um pouco de Johny e Heli. Parei mais à frente para descansar, e logo atrás Johny me alcançou, olhamos para trás e nem sinal do Heli. Resolvemos parar debaixo de uma árvore para esperá-lo. Passam alguns minutos e nada, esperamos mais um pouco, e mais, Heli não aparecia. Comecei a achar estranho, não era pra demorar tanto, afinal, ele vinha nos acompanhando até então. Resolvi voltar de bicicleta pela rodovia para ver se o encontrava e saber o que tinha acontecido, eis que não muito longe, Heli se encontrava fazendo uma boquinha numa lanchonete próxima ao local (rs). Perguntei o que havia acontecido e ele, educadamente, pois estava com a boca cheia, apontou para o seu pneu: estava furado. Sem ter como nos avisar, pois estávamos distante e não tinha como gritar pra gente, ele resolveu seguir até este local onde estava, ligou para a esposa e esta veio ao seu socorro. Detalhe, a câmara reserva dele estava comigo, porque ele estava sem mochila, e como eu levava a minha no bagageiro, sugeri que ele guardasse dentro dela no início da pedalada. Graças a Deus na pior aconteceu, tudo foi resolvido e Johny e eu seguimos no percurso de volta até o Hiléia. A duras penas, pois o sol, se era possível, estava pior que o do domingo passado, embora eu ache que isso se devia apenas porque estávamos em dois, e o senso de grupo um tanto abalado sem poder dividirmos com mais mais gente o "luar", como diz meu pai quando se depara com um sol assim.
Mais uma missão cumprida, graças a Deus, sem nenhum arrependimento, talvez o de não ficar mais tempo dentro da água gelada. Semana que vem vamos programar uma outra rota. Se ainda dentro da rodovia não sei, espero que sim, mas se não for, que o desafio seja igual ou melhor do que este de domingo passado.
Depois faço um post com o vídeo que fiz desse roteiro.
Muito louco, mesmo. Tirando o fato do meu pneu que furou no final do caminho de volta, foi tudo ótimo. No domingo que vem estou aí de novo.
ResponderExcluirHAhaha! É Heli, infelizmente mesmo. Mas agora já sabemos o que devemos fazer. Valeu pela companhia cara, semana que vem tem mais.
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