quarta-feira, 11 de julho de 2012

Redescobrindo a prazerosa arte de pedalar


Meu amigo (e incentivador) Willamys na Praia Ponta Negra - Manaus/AM
Como tudo começou!
Talvez eu esteja começando a escrever no meu terceiro blog, mas nenhum outro me trará prazer maior do que este. 

Há quase 2 meses voltei a pedalar, por incentivo deste amigo aí da foto, e quando voltei, ele já estava na ativa há 3 meses. Nesse dia pedalei pela primeira vez um percurso mais longo com a Sundown (roda 24) que uso.
Ela não tinha nada: nem luzes; nem pneus novos; nem passadores novos. Assim como ela também voltei sem luvas, sem camelback, sem capacete e sem óculos noturnos (como podem ver na foto). Era só a vontade e nada mais que a vontade de pedalar que me impulsionava. 

No início foi ralado, como eu esperava que fosse, afinal, faziam alguns anos desde a última vez numa magrela. Depois que parei, surgiu um grupo na minha cidade chamado Pedala Manaus, no início de 2011, onde duas vezes na semana o grupo se encontra em um dos parques da cidade e de lá pedalam por rotas pré estabelecidas. São as Terças Tradição e Quintas Alternativas. Já tinha ouvido falar diversas vezes, participava do grupo na internet, alguns outros amigos já haviam pedalado junto com esse grupo, enfim, eu era o único que ainda não tinha pedalado de fato. Foi quando o Willamys começou a me chamar e ali pelas tantas falei "Bora!", e fui sem saber o que esperava. Fui numa terça, e nesse dia o pedal é mais leve, estilo passeio, com um percurso mais curto. Saímos do Hiléia (conjunto onde moro) e fomos pedalando até o Parque dos Bilhares, que dá em torno de 7km. Chegando lá vejo muitas pessoas com suas bicicletas, todas equipadas, uma bicicleta mais cara que a outra, muitas luzinhas, garrafas d'água, pareciam bikers profissionais. Eu na minha humilde Sundown roda 24 (sem luzes, sem água, sem lenço e sem documento) tentava inutilmente me esconder. Se aquela quantidade de pessoas que conseguia ver já me deixava entusiasmado, o que vi depois foi algo impressionante. Logo que cheguei vi todo mundo ali reunido mas não havia me dado conta que não era só aquilo de gente. Quando saímos na rua que olhei para trás, não conseguia ver o fim da fila de bicicletas. Aquilo me animou.

Como disse antes, as terças geralmente são mais leves e com percursos mais curtos. Não lembro ao certo, mas acho que nesse dia (15 de maio de 2012) fizemos algo em torno de 20 e poucos km (ida e volta), um percurso MONSTRO para uma bike que fazia passeios repentinos somente até a padaria ¬¬ Ela aguentou bem e vi que podia explorá-la mais. Dentre todas as bicicletas que haviam ali, a minha era a ÚNICA com roda 24, baixinha, entroncadinha, marrenta (e roxa). Alguns olhares curiosos, mas nenhum com desmerecimento. Pus na cabeça que o que importava era eu estar pedalando, independentemente da bicicleta que estava usando. Em meio as rodas 26 e até 29s, ali estava eu com uma bicicleta de menina, com roda 24, modelo Top Model, marca Sundown e com cestinha (mentira) indo quase no front da galera, acompanhando e nunca ficando para trás.

A minha sorte era que todos ali estavam muito bem sinalizados, porque se dependesse apenas da minha bike e de mim mesmo, acho que teria sido atropelado por algum carro que não tivesse me visto. Me enfiei ali no meio com jeitinho e abusava  da proteção que recebia na frente, dos lados e atrás. Sim, minha bike estava nua, e dava pena.

Mas ela era apenas uma bike: não pensava, não observava, não sentia... e eu? Me sentia um intruso ali por não usar o mínimo de equipamentos de segurança. Não me sentia parte do grupo e pior, sentia que todos me olhavam e simplesmente não me viam. Era o que eu sentia, mas é claro que podia ser só impressão.

A partir daí organizei a minha vida e passei a ter meus dias para pedalar, que começaram, obviamente, nas terças e nas quintas, e quanto mais eu pedalava, mais eu queria. A semana mal acabava e eu já estava com o pensamento na outra, mal podendo esperar para que a terça seguinte chegasse. Minha vontade passou para empolgação, de empolgação passou para paixão, e hoje devo dizer que deve estar beirando a obsessão (rs).
Graças a boa vontade do meu amigo que me ajudou a "equipar" a bike, hoje posso dizer que tenho ORGULHO de pedalar a "Sundownroxacomroda24topmodelbicicletademenina", pois ela nunca me deixou na mão, sempre me levou pra onde quis, quando quis e por onde quis. Hoje ela tá bonita, com luz sinalizadora, pneus novos, cadeado, passadores novos, assim como seu biker, de capacete, óculos de proteção, camelback, luvas, munhequeira. Em julho agora (dia 15) completo 2 meses desde que voltei. Não teve uma semana da qual não pedalei com o Pedala Manaus, passei a pedalar nas segundas-feiras e domingos (de madrugada) também, estou me preparando para fazer minha primeira e pequena viagem com a magrela (esqueci de dizer que estou apaixonado pelo cicloturismo) e tenho orgulho de dizer que sou um dos fundadores do grupo BiciclE.T.eiros que cada vez mais cresce e ganha tradição. Em outro post falo mais sobre ele.


4 comentários:

  1. Fala Eduardo... Só vi agora seu post e como outros relatos que já ali, fiquei super emocionado. Essa energia que o Pedala emana é muito forte e contagiante... Ela vem de todos que participam, uma "corrente" super importante... Continue conosco, firme e forte! Convide outras pessoas e demonstre como é bom estar em meio a pessoas que prezam belo bem-estar e pela cidadania. Um abração. ALEMÃO

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    1. Fala Alemão, que bom que passou por aqui, cara! Com certeza seguirei firme no Pedala Manaus, certamente foi o grupo quem me deu ânimo e exemplos a serem seguidos. Estou chamando todos que posso e incentivando todos a pedalar, a conhecer o Pedala Manaus, e tem surtido efeito. Muita gente já se interessou em pedalar depois de mim. Vamo que vaaaamo. Quinta-feira tem mais. Abração, meu caro!

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  2. Parabéns, amor. Que bom que você tem paixão em tudo o que faz. E pode contar comigo pras nossas aventuras futuras de cicloturismo. Ama!

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    1. Obrigado, xuxu! Vai se preparando que a gente vai rodar esse mundo.

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