quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Pedalada inesperada, acontecimentos inesperados

Assim foi a noite de ontem, quando resolvi pedalar num dia onde não costumo sair para isso.

Estava eu em casa, meus pais vendo tv e Leidi (minha noiva) tirando uma soneca e me vi, de repente, entediado. O relógio marcava 18:40h quando resolvi arrumar as coisas para pedalar. Contente, peguei minha camel, capacete, luvas e, claro, máquina fotográfica. Saí de casa e fazia uma noite agradável (até demais), ventava e o céu estava nublado. Decidi fazer uma pedalada mais firme e percorri 7 km em 15, pegando todas a ladeiras e sinais no trânsito da cidade. Quando estou chegando ao Parque dos Bilhares a primeira coisa inesperada acontece: chuva. Great! Já estava com o pensamento no Centro da cidade, fazer algumas fotos no Teatro Amazonas e redondezas, mas a chuva veio pra por todo meu plano por água abaixo (e aqui vale a expressão). Ainda tentei continuar, a chuva não tava tão forte, saí do Parque mas já começava a ficar muito molhado, tive que parar num posto de gasolina e pedir um saquinho para guardar a máquina e o celular. Quando saio do posto, tento seguir mas a chuva aperta. Paro embaixo de uma árvore ali mesmo na Av. Djalma Batista e a chuva parecia só aumentar. Resolvi voltar para o Parque e me abrigar de uma forma melhor. Nessa altura já estava pensando em voltar pra casa, bastava a chuva parar. Depois de quase meia hora esperando a chuva deu uma trégua, ficou muito fina. Olhei para horário, ainda não eram nem 20h. Decidi continuar com o plano e seguir para o centro da cidade. Rua muito molhada, poças para todos os lados, tava ralado pedalar assim, tive que ir na manha pra não me sujar tanto, apesar dos carros passarem a mil e não darem muita importância para este pobre ciclista. Mas tudo bem, que passem e me molhem, já estava decidido a seguir e não daria meia volta. Segui até o fim da Djalma e dobrei na rua Tapajós. Bem, quem conhece sabe que a Tapajós depois que cruza com a rua Leonardo Malcher tem uma ladeira inacreditável para subir, mesmo de carro aquela ladeira é difícil para subir, e o doido aqui resolveu encarar. Antes de cruzar a Leonardo, já pus a bicicleta toda na leve (nesse momento parecia um retardado pedalando sem sair do lugar), desci a primeira parte para poder subir. A ladeira, meus amigos, é tão íngreme, que mesmo na super leve senti dificuldade, quando forçava um pouco mais com os braços para melhorar a subida a bicicleta começava a dar pequenas empinadas. Quase na metade da ladeira (e sem ter como reduzir a marcha) surge um carro atrás de mim, que pacientemente esperou até que eu chegasse finalmente no topo da ladeira. Cara, de longe a pior ladeira que já subi. Não é nem pelo cansaço, que até não cansei tanto, mas é pela dificuldade ao subir. Dica: se forem encarar essa ladeira, não deixem a marcha tão leve, porque na hora de pedalar em pé é melhor que esteja numa pegada mais firme, fui tentar pedalar assim na super leve e quase caio da bicicleta. Passando esse pesadelo, alguns metros à frente já conseguia avistar o Teatro. Pedalei pianinho até lá e finalmente desci para descansar um pouco.

Frente do Teatro Amazonas
Vista lateral e cúpula do Teatro


Monumento Abertura dos Portos, em frente ao Teatro Amazonas, na praça de São Sebastião.


Este monumento simboliza a abertura dos portos do Amazonas para o comércio mundial. Tem quatro lados e cada um dos lados representa um continente: Eurásia, África, América e Oceania.

Fiquei um tempinho ali pelo Teatro, batendo mais algumas fotos. Resolvi registrar uma do Largo São Sebastião também. Foi então que percebi a segunda coisa inesperada.


Notem que ao fundo tem uma nuvem muito densa. Quando vi a foto, achei que fosse uma nuvem normal (apesar de ter achado estranho), já que tinha chovido e fazia um tempo nublado por ali. Depois de olhar a foto para ver se tinha ficado boa, olho para frente e para o mesmo local da nuvem e percebo que não é uma nuvem normal, era fumaça, muita fumaça e tava subindo rápido e alto. Incêndio, papito! Saí levando rapidamente a bike com as mãos (no Largo e nem no Teatro se pode pedalar), até chegar à rua, pedalo em direção ao local do incêndio, ele não estava muito longe dali. Chego à Av. Getúlio Vargas e começo a ouvir os barulhos das sirenes dos carros do Corpo de Bombeiros. Achei que o incêndio estava acontecendo no prédio do Colégio Santa Dorotéia, mas na verdade era numa vila por trás da escola, a Vila 'Jorgete', já com a maior parte de sua cobertura sem nada e ardendo em chamas.


Ainda não soube se houve alguma vítima, espero que não, e a causa também ainda não é do meu conhecimento. Que quarta-feira bem estranha essa!
Bom, depois de fazer uma filmagem do ocorrido, resolvi voltar pra casa. Foi então que a terceira coisa inesperada aconteceu. Depois de passar pelo Teatro Amazonas, voltando, segui subindo a Av. Eduardo Ribeiro e lá adiante parei porque precisa MUITO "tirar a água do joelho" (rs), então parei no bar Safari (Antigo Bar McIntosh). Saindo do bar avisto duas moças, uma delas eu sabia quem era, Jéssica, uma grande amiga que não falava há pelo menos uns 6 anos. Sentei uns 15 minutos ali com elas, atualizei as novidades tanto delas quanto as minhas, descubro que ela tem um filho de 6 anos e está esperando outro, já com 7 semana de gravidez. Que legal, reencontrar pessoas que marcaram uma época da sua vida não tem preço. Espero que ela esteja bem (como disse que está) e que tenha boa sorte e boa saúde pelos próximos anos.
E assim foi, meu povo. A volta foi tranquila, a pista já não estava molhada, os carros secaram (pelo menos esse favor eles fazem). Cheguei em casa são e salvo (o que agradeço à Deus, mais uma vez) e pronto para mais uma aventura.

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